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Falar sobre estética é um assunto sempre atual, mas será que já paramos para pensar de fato o que nos motiva a ir atrás de determinado procedimento ou cirurgia? A questão é bem mais profunda e antiga do que podemos imaginar.
“Visão que cada um tem sobre o que é belo”...Será que podemos definir desta maneira o conceito de estética? Acho que sim! Pois ela é uma percepção individualizada, carregada de emoções, valores culturais e sociais, sendo assim, extremamente subjetiva.
Mas internamente, o que mexe conosco em relação à estética é uma junção do que existe de subjetivo aliada à influências da mídia, indústria da beleza, e a vontade enorme dentro de cada indivíduo de ser aceito socialmente. Todos os dias pessoas nos impõe qual padrão devemos seguir.
Com a chegada das novas mídias sociais, todo mundo quer estar bem em suas “selfies”, e exigências como esta faz com que áreas da Odontologia, por exemplo, invista em procedimentos cada vez menos invasivos.
Percebemos que esta ditadura, ou seja, a busca pela beleza e juventude é algo que existe ao longo de toda a história da humanidade, e acontece em todas as civilizações.
Apesar do homem já sentir um pouco a pressão pelo esteticamente perfeito, as mulheres são as que sentem mais.
O padrão de beleza tem sofrido alterações ao longo do tempo.
Na Grécia antiga as pessoas tinham como ideal corpos com proporções perfeitas, musculosos, já no Renascimento a beleza estava relacionada à saúde, e por aí vai… No século XX a mulher começou a explorar mais o corpo, portanto a exigência pela boa forma aumentou consideravelmente.
A efemeridade permeia o belo no sentido de que se torna um grande medo na cabeça das pessoas, porque elas querem evitar a todo custo a passagem dos anos, pois isto as aproxima da morte, e está aí o que há de mais profundo nesta busca, além de ser também uma grande realização pessoal.
Sempre foi possível perceber que pessoas bonitas possuem vantagens sobre as demais, e isto começa desde a infância.
O mais importante é avaliar o tanto que esta busca é real, essa é a grande questão. A imagem que cada pessoa tem de si mesma é que irá detectar o seu grau de investimento na própria beleza.
Cada indivíduo precisa estar bem de acordo com as suas condições, e é neste ponto que todos os profissionais que trabalham com estética precisam atuar, e não deixar que toda esta vaidade tão presente nos dias de hoje seja extrapolada para um desequilíbrio. O tratamento estético tem o poder de restaurar todas as relações interpessoais de um indivíduo, recuperar valores que antes estavam adormecidos e possibilitam ao indivíduo viver uma nova história.
É muito válido as pessoas buscarem tratamentos estéticos para manterem uma beleza natural, recuperarem o que foi perdido com o processo de envelhecimento, corrigirem alguma imperfeição ou algo em seu corpo que as incomoda ou mesmo para acentuar uma beleza ali existente, lembrando, que o rosto ou o corpo não têm que ser perfeitos, mas sim harmônicos, e a medida que vamos fortalecendo nossa imagem interna, paramos de buscar uma beleza irreal.
O que se deve observar é a motivação, que deve ser correta, evitando-se a busca exagerada por um corpo mais do que perfeito, buscando-se, algumas vezes, algo impossível de se realizar. No mais, aí estão os tratamentos estéticos para ajudarem as pessoas a se sentirem melhor consigo mesmas, a se olharem no espelho e gostarem do que estão vendo.